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Coach - Coautora do livro "Coaching A Nova Profissão" - Especialista em Gestão de Pessoas.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Você professor, lê?


 Gabriel Perissé: “A escola não ensina a ler para questionar"

Para o autor de 'Ler, Pensar e Escrever', doutor em Filosofia da Educação, não saber ler bem é a maior falha de quem não escreve bem



Gabriel Perissé:  "Ler bem significa tirar sentido de um texto, gerar um raciocínio. É um exercício também de imaginação". (Foto: Foto/ Divulgação)

ÉPOCA - Qual é a principal habilidade que falta nos jovens que não sabem escrever bem?

 Perissé - A leitura é uma prática que precede a escrita. Estou falando de uma leitura interpretativa, não apenas mecânica. Ler bem significa tirar sentido de um texto, gerar um raciocínio. É um exercício também de imaginação.

ÉPOCA - Como ensinar esse tipo de leitura?

Perissé - Ela envolve três fatores: a qualidade dos textos que circulam, o acesso a eles e mediação necessária entre o leitor e o texto, que é feita pelo professor e pelos pais. Sobre esse último ponto, temos um problema e tanto. Para começar, os professores não leem. Consequentemente, também não escrevem. Temo falhas sérias na formação dos que têm a função de ensinar a ler. A escola não ensina a ler para questionar, ensina a ler para acatar.  Daí surgem os leitores com dificuldade para entender ironias, as entrelinhas.  E não adianta nada aulas com macetes, técnicas, dicas e truques. Isso não resolve o problema.

ÉPOCA - Qual é a origem dessa má formação dos professores e da baixa qualidade das escolas?

Perrissé- Há um contexto histórico. Até as décadas de 60 e meados da década de 70, tínhamos uma leitura sofisticada. Até na imprensa. Pense em textos de Nelson Rodrigues, por exemplo. Ou do Otto Lara Resende. Depois os textos de jornais e revistas entraram num período mais técnico, neutro e objetivo. A ditadura militar, por sua vez, apagou qualquer estímulo ao pensamento crítico, ao mesmo tempo em que a escola passou a ser acessível para muito mais gente. A partir dos anos 80, colhemos o resultado disso. Surgiu uma geração que não sabe criticar, ponderar, a pensar por conta própria, que busca nos textos não a contundência de antes, mas apenas a informação. A formação ruim dos professores é fruto desse cenário. O próprio curso de Letras ficou desprestigiado.

ÉPOCA - Há alguma melhora nesse cenário?

Perissé - Há muitas tentativas. Talvez daqui a 15 anos melhore, se tudo der certo, mas acho que ainda sofremos hoje as consequências desse passado. Tem aí uma  molecada de 11, 12 anos, filhos de uma geração mais antenada, que leu Harry Potter – obra contemporânea e de qualidade – que se liga mais em leitura, que descobriu que ler pode ser bacana graças a essa obra. Para os pais, um aviso: envolva seu filho na leitura. Quando nos cercamos de pessoas com certas habilidades, fica muito mais fácil aprender e gostar. Não dá tempo de ler junto todo dia? Leva para passear na livraria.






terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O que as escolas de samba podem ensinar sobre comprometimento com o trabalho?

 

 

  O carnaval é fonte de muitas reflexões e uma delas, que é a que todo ano me faço, é como pessoas comuns, que geralmente trabalham em subempregos, conseguem dedicar toda a sua energia para apresentar em 50 minutos o que levam o ano inteiro para produzir, e fazem isso com tanto afinco e dedicação?

  O que leva essas pessoas, na maioria das vezes, voluntariamente, desempenharem com tanto furor papéis que não fazem parte do seu dia a dia?

  Aqui compartilho essa matéria, fruto de uma pesquisa educacional, que nos dá uma pequena, mais interessante dimensão do que torna a gestão das escolas tão efetivas e galgadas ao sucesso.

 -  "Muita coisa", diz Alfredo Behrens, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), de São Paulo. Desde o início deste ano, Behrens tem frequentado a quadra da Mocidade Alegre, bicampeã do Carnaval paulista, para entender as semelhanças e as diferenças entre uma escola de samba e uma empresa. 
. Ele  queria descobrir o que levava pessoas comuns a trabalhar com tanto afinco e engajamento no Carnaval.
A grande questão É compreender por que tanta gente se empenha tão apaixonadamente em uma atividade não remunerada, muitas vezes com vigor superior ao destinado ao emprego que provê o sustento. Segundo o professor, nas comunidades carnavalescas sobra o que falta nas empresas: senso de pertencimento.
O estudo de Behrens mostra que as empresas, principalmente as de cultura estrangeira, têm dificuldade em compreender o jeito de ser dos brasileiros, que precisam se sentir parte importante de um grupo para ter felicidade e, consequentemente, mais produtividade no trabalho.
"A cultura da competição não funciona tão bem no Brasil. Aqui os profissionais trabalham melhor quando se sentem emocionalmente ligados ao trabalho", diz Behrens.  Aprenda o que as escolas de samba têm a ensinar sobre o trabalho comprometido.

As lições das escolas de samba

Da ala mirim à velha guarda, as agremiações de carnaval tratam o trabalho de forma especial.

Escolha baseada em valores

A decisão de entrar para uma escola de samba leva em conta valores como cultura e tradição da agremiação – como deveria ser a escolha de um emprego. "Você tem de amar o pavilhão em primeiro lugar", diz Solange Cruz, presidente da Mocidade Alegre.
Graças a essa sintonia, os integrantes rapidamente percebem as carências da escola e como podem contribuir para supri-las. Na carreira, ter valores alinhados com o emprego ajuda a formar vínculos com chefes, colegas e equipes.

Recrutamento por afinidades

Uma das grandes lições de gestão das escolas de samba está no recrutamento. Quando um novato chega, os dirigentes conversam para entender em que função ele se encaixa melhor. "A falta de experiência não importa, o que vale é a personalidade e a disposição para aprender", diz Behrens.
Feito dessa maneira, um recrutamento tem mais chance de dar certo, pois assegura a existência de uma afnidade entre o profissional e o trabalho para o qual foi contratado.

Treinamento intensivo

Os veteranos ensinam os novatos. A dedicação para o aprendizado é enorme, pois existe a consciência de que fazer bem é fundamental para o sucesso. Na Mocidade Alegre, o treinamento tem duas fases: técnica e engajamento. Na primeira, os membros decoram o samba-enredo e treinam a coreografia. Na segunda, a liderança faz com que a comunidade se apaixone pelo tema.
"Temos de sensibilizar todos para a escola se sair bem", diz o carnavalesco Sidney França.

Valorização dos mais experientes

Mesmo com o risco de perder minutos preciosos do desfile, as escolas fazem questão de manter a velha guarda. "É uma maneira de homenagear quem se dedicou por tanto tempo", diz Alfredo Behrens, da FIA.
A velha guarda serve para que os mais jovens percebam que serão prestigiados se dedicarem anos à escola. Os experientes também têm o papel de inspirar os jovens, pois têm histórias de muitos carnavais para contar.

Líderes empenhados

Para conseguir o respeito e a admiração da comunidade, os dirigentes colocam a mão na massa. Em desfiles, é possível ver diretores empurrando carros alegóricos com defeito. No Carnaval deste ano, líderes da Mocidade Alegre alinharam fleiras com outros participantes da escola para fazer escoar a água que alagava a quadra da escola.
Essa proximidade entre a diretoria e a comunidade fortalece o vínculo e aumenta o engajamento de todos. "Nós precisamos contagiar as pessoas com o espírito da escola", diz Sidney França, carnavalesco da Mocidade.

Reconhecimento hierárquico

Como não existe remuneração, o reconhecimento ocorre com a oferta de cargos. Por isso existem tantos gerentes e diretores nas agremiações. "É um jeito de mostrar que qualquer um, se tiver dedicação, poderá crescer", diz Behrens.
No dia a dia da empresa, quando existe reconhecimento, os profissionais tendem a trabalhar com mais afinco, pois se sentem valorizados.

Senso de permanência

Nas escolas de samba, não há o fantasma da demissão. Para um membro ser expulso, o motivo tem de ser muito grave. Como existe segurança, as pessoas trabalham com mais calma e dedicação. Pode acontecer trocas de lugar. "Às vezes é preciso mudar as pessoas de função, seja pela idade, seja porque elas fcaram acomodadas", diz Sergio Henrique Silva, diretor de marketing da Mocidade.

  

  Com esses tópicos apresentados podemos ter a dimensão dos pontos essenciais para levar uma empresa ao aumento de seus lucros, e claro, rumo ao sucesso!



 Ambiente de trabalho, Escolas de samba, Motivação, Gestão

Fonte: ÉPOCA Negócios

sábado, 7 de fevereiro de 2015

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 Com tantas possibilidades de trabalho, de conquistas, porque ainda estamos confusos sobre o que fazer?

Na verdade, nós  somos cobrados mais por nós mesmos do que pelas pessoas e com isso essa cobrança interna traz muitas dúvidas e conflitos sobre o que fazer e o que de fato ser.

Em ” As 25 leis bíblicas do sucesso”, William Douglas, define bem o que é necessário para estabelecermos o que nos motiva. Comece fazendo a pergunta: “Qual a minha missão, minha razão de ser?” “Onde pretendo chegar?” “Como quero ser conhecido?”  Faça suas escolhas à partir dessas respostas, pois é indispensável que você defina isso para poder seguir em frente.

 # Siga em frente

É muito mais difícil realizar suas metas e sonhos sem fazer aquilo que realmente nos motiva. A motivação te faz levantar da cama, mesmo naqueles dias que estamos desanimados, e ir em busca do que queremos, do que almejamos.

Recentemente participei de um treinamento de Coaching Empresarial e o Consultor definiu numa frase o que temos que levar em conta ao decidir o que nos motiva: “Nós fazemos esse caminho por uma única vez. E podemos andar na ponta dos pés e torcer para morrer sem grandes sofrimentos ou podemos ter uma visão gratificante, completa, alcançando nossas metas e tornando realidade nossos sonhos mais fantásticos.

  #Supere o medo

É claro, que ao descobrir o que te motiva, você terá medo, afinal você terá que sair da sua zona de conforto, mas o que define aqueles que conquistam suas metas dos que não chegam lá, é o poder de de ir em frente, mesmo tendo medo.

 Sentir medo, todos nós em algum momento da vida já sentimos, o que nós não podemos deixar acontecer é deixar o medo nos paralisar, nos impedir de prosseguir. É preciso saber que você pode não estar ainda onde você gostaria de estar, mas está no caminho.

        Alessandra Sudre Coach -