O carnaval é fonte de muitas reflexões e uma delas, que é a que todo ano me faço, é como pessoas comuns, que geralmente trabalham em subempregos, conseguem dedicar toda a sua energia para apresentar em 50 minutos o que levam o ano inteiro para produzir, e fazem isso com tanto afinco e dedicação?
O que leva essas pessoas, na maioria das vezes, voluntariamente, desempenharem com tanto furor papéis que não fazem parte do seu dia a dia?
Aqui compartilho essa matéria, fruto de uma pesquisa educacional, que nos dá uma pequena, mais interessante dimensão do que torna a gestão das escolas tão efetivas e galgadas ao sucesso.
- "Muita coisa", diz Alfredo Behrens, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), de São Paulo. Desde o início deste ano, Behrens tem frequentado a quadra da Mocidade Alegre, bicampeã do Carnaval paulista, para entender as semelhanças e as diferenças entre uma escola de samba e uma empresa.. Ele queria descobrir o que levava pessoas comuns a trabalhar com tanto afinco e engajamento no Carnaval.
A grande questão É compreender por que tanta gente se empenha tão apaixonadamente em uma atividade não remunerada, muitas vezes com vigor superior ao destinado ao emprego que provê o sustento. Segundo o professor, nas comunidades carnavalescas sobra o que falta nas empresas: senso de pertencimento.
O estudo de Behrens mostra que as empresas, principalmente as de cultura estrangeira, têm dificuldade em compreender o jeito de ser dos brasileiros, que precisam se sentir parte importante de um grupo para ter felicidade e, consequentemente, mais produtividade no trabalho.
"A cultura da competição não funciona tão bem no Brasil. Aqui os profissionais trabalham melhor quando se sentem emocionalmente ligados ao trabalho", diz Behrens. Aprenda o que as escolas de samba têm a ensinar sobre o trabalho comprometido.
As lições das escolas de samba
Escolha baseada em valores
Graças a essa sintonia, os integrantes rapidamente percebem as carências da escola e como podem contribuir para supri-las. Na carreira, ter valores alinhados com o emprego ajuda a formar vínculos com chefes, colegas e equipes.
Recrutamento por afinidades
Feito dessa maneira, um recrutamento tem mais chance de dar certo, pois assegura a existência de uma afnidade entre o profissional e o trabalho para o qual foi contratado.
Treinamento intensivo
"Temos de sensibilizar todos para a escola se sair bem", diz o carnavalesco Sidney França.
Valorização dos mais experientes
A velha guarda serve para que os mais jovens percebam que serão prestigiados se dedicarem anos à escola. Os experientes também têm o papel de inspirar os jovens, pois têm histórias de muitos carnavais para contar.
Líderes empenhados
Essa proximidade entre a diretoria e a comunidade fortalece o vínculo e aumenta o engajamento de todos. "Nós precisamos contagiar as pessoas com o espírito da escola", diz Sidney França, carnavalesco da Mocidade.
Reconhecimento hierárquico
No dia a dia da empresa, quando existe reconhecimento, os profissionais tendem a trabalhar com mais afinco, pois se sentem valorizados.
Senso de permanência
Com esses tópicos apresentados podemos ter a dimensão dos pontos essenciais para levar uma empresa ao aumento de seus lucros, e claro, rumo ao sucesso!
Ambiente de trabalho, Escolas de samba, Motivação, Gestão
Fonte: ÉPOCA Negócios
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